Adolfo Luxúria Canibal
Adolfo Luxúria Canibal é o pseudónimo artístico de Adolfo Morais de Macedo, nascido na cidade de Luanda, em Angola. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu a advocacia nessa cidade até 1999 e é actualmente consultor jurídico na área da conservação da Natureza. Na qualidade de especialista em Direito do Ambiente foi orador convidado em diversos congressos e seminários, portugueses e estrangeiros, e professor em cursos de formação, de pós-graduação e de mestrado. Integrou ainda um Grupo de Peritos Jurídicos da Convenção de Berna, junto ao Conselho da Europa, em Estrasburgo, e um Grupo de Peritos do Protocolo de Nagoia sobre recursos genéticos, junto à Comissão Europeia, em Bruxelas.
Fundador do grupo rock Mão Morta, de que é vocalista e letrista, criou vários espectáculos de spoken word, em nome próprio ou sob a designação Estilhaços, e integrou o colectivo francês de música electrónica Mécanosphère, tendo mais de três dezenas de discos editados, para além de outros tantos com diversos artistas, nacionais e estrangeiros, onde participa como vocalista ou letrista convidado.
Concebeu diversos espectáculos multimédia, como “Rococó, Faz o Galo” (1983), “Müller no Hotel Hessischer Hof” (1997), “Maldoror” (2007), com o encenador António Durães, ou “No Fim Era o Frio” (2019), com a coreógrafa Inês Jacques, dinamizou espectáculos de comunidade, como os musicais “Então Ficamos…” ( 2012) ou “Chão” (2014), e concebeu performances várias, com destaque para a neuro-áudio-visual “Câmara Neuronal” (2012), realizada a partir dos sinais eléctricos emitidos pelo cérebro, ou “The Wall of Pleasure” (2013), efectuada na Rooster Gallery em Nova Iorque.
Participou também como actor na série para televisão “O Dragão de Fumo” e em algumas curtas-metragens ou peças de teatro, como “Eis o Homem!” (2013) para o Teatro Carlos Alberto, no Porto. Concebeu ainda com João Onofre o filme de videoarte “S/título (мій голос)” (2011), exibido no Festival Curtas de Vila do Conde.
Autor de textos dispersos por jornais e revistas, foi correspondente do jornal “Blitz” e cronista no “O Independente“, na “Antena 3”, no semanário “Sol” e nas revistas “Vidas” e “Domingo” do “Correio da Manhã”, onde mantém desde 2011 uma rubrica mensal. Para além de “Estilhaços” (2003), editou, entre outros, os livros de poesia “Rock & Roll” (1994), “Todas as Ruas do Mundo” (2013) e “No Fim Era o Frio e Outros Textos de Amor e Solidão” (2019).
Foi ainda autor e locutor de programas de rádio, na Rádio Activa (Braga) e na RUT – Rádio Universidade Tejo (Lisboa), no tempo da pirataria radiofónica.
Actualmente vive em Braga.